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Foto: https://escamandro.wordpress.com/

 

MARIO ÁNGEL QUINTERO
( ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA )

 

George Mario Angel Quintero (1964-), nasceu de pais colombianos em São Francisco, Califórnia, onde viveu por 30 anos. Publica ficção, poesia e ensaios em inglês como George Angel. Desde 1995 vive em Medelín, Colômbia, onde, sob o nome Mario Angel Quintero, publicou seis coletâneas de poesia em espanhol, bem como três livros de peças teatrais.

Seu trabalho tem sido publicado ao redor do mundo, em países como Índia, Austrália, Croácia, Marrocos, Bulgária e Peru. Desde 2003 trabalha como diretor e dramaturgo da companhia Párpado Teatro, tendo sido ainda um dos fundadores dos grupos musicais Underflavour e Sell the Elephant.

Thiago Ponce de Moraes

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

MUESTRA DE POESÍA DE MEDELLIN 1950-2011.  Carátula: Germán Londoño. Medellín,          Colombia: 2011.  381 p.   ISBN  978-958-44-8484-0   No. 10 351   
Exemplar na biblioteca de Antonio Miranda

 

PÁTINA (ARIA 4)

Verte azul en tu verde
Envolverte
Volar azul a verte
Devolverte
Azul a azul
Abrirme
A verde verme
Enhebrarte
Voltear a verterme
A vibrarte
Convertirte en verde
Filigrante
En mi verano
Envolverte
En verde volarte
Hacia azules alzarte.


ESTA

Esta no soy yo,
sino alguien
más joven.

Se me
ha perdido
el hábito
de recordar.

Teníamos algo
donde íbamos,
pero era
muy lejos.


ESCUELA

Opalino  fluye donde
clave
armadura

ballestas y mariposas  reman
suspendidas             místicas

bombillas            farolitos
en su luz          a solas

ojí         ladeadas

mutaciones   tiernas
monstruos  de conservatorio
doradas

ángeles    que    gaguean
donde  el   diafragma

a hipocampos que hacen síncopa
de   a   centímetro.


FRAGMENTO


La noche,
un reguero florecido,
siembra
tan tambre,
apachurra
sus puchos,
se recuesta
sobre su alfombra
de dardos,
y se cubre
la cara,
derrama
su ronquido,
alumbra        abierta,
sus pétalos
polvorientos
traspasados
de tallos
que brotan
trenzados
aquí abajo.


EN CAMINO

Cancerbero es
Tres bellezas que se agarran
Después de haber
Obstaculizado la vía.

Recién duchado
Y sin embargo vulnerable,
Bajo el vidrio del taxi.
Caronte me mira
Por el retrovisor.
Se ríe.
Seguramente es que se veía
Muy bonito sin el casco.
Pienso en el espiral que trazó Ícaro.
El talón del motociclista,
Elevado e intocable,
Resultó ser su única presa
No destripada.

Pago la mínima y me bajo
A la corriente purificadora
E hirviente de la calle.
Todavía falta bastante
Para llegar al limbo.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

PÁTINA (ARIA 4)

Ver-te azul em teu verde
Envolver-te
Voar azul a ver-te
Devolver-te
Azul ao azul
Abrir-me
Em verde ver-me
Enfie você
Voltear a verter-me
A vibrar-te
Converter-te em verde
Filigrante
Noi verão
Envolver-te
Em verde voar-te
Assté azuis alçar-te.


ESTA

Esta não sou eu,
senão alguém
mais jovem.

Se
perdi
o hábito
de recordar.

Tínhamos algo
aonde íamos,
mas era
muito longe.


ESC0LA

Opalino  flui onde
dica
armadura

Molas e borboletas  remam
suspensas             místicas

lâmpadas          lanternas
em sua luz          a sós
ouvi         inclinadas

mutações   macias
monstros  de conservatório
douradas

anjos    que    gaguejam
onde  o   diafragma

a hipocampos que fazem síncope
de   a   centímetro.


FRAGMENTO


A noite,
uma trilha florida,
desanima
tão tambor,
aplastada
seus tufos,
se recosta
sobre seu tapete
de dardos,
e se cobre
a cara,
derrama
seu ronco,
ilumina       aberta,
suas pétalas
empoeiradas
transferidas
de talos
que brotam
trançados
aqui em baixo.


EM CAMINHO

Goleiro é
Três belezas que se agarram
Depois de haver
Obstaculizado o caminho.

Recém banhado
e no entanto vulnerável,
Sob o vidro do taxi.
Caronte me mira
Pelo retrovisor.
Ri..
Seguramente é porque se via
Bem bonito sem o capacete.
Penso no espiral que traçou Ícaro.
A conta do motociclista,
Elevado e intocável,
Resultou ser sua única presa
Não destripada.

Pago o mínimo e desço
À corrente purificadora
E fervente da rua.
Mas falta bastante
Para chegar ao limbo.


 

 

 
 
 
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